quarta-feira, 3 de novembro de 2010

FIES-Uma boa razão para estudar agora e pagar depois

A exigência de fiador, um dos grandes entraves do FIES, Financiamento Estudantil, acaba de ser flexibilizada. Se o estudante possuir renda familiar per capta de até 1,5 salário mínimo ou estiver fazendo um curso de licenciatura, formação de professores, a exigência de fiador poderá ser dispensada. Os bolsistas parciais do Prouni também poderão se beneficiar desta nova regra. Quem assume a condição de fiador é o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc). Quem não se enquadrar nas condições acima deverá apresentar fiança convencional (fiador com renda bruta maior ou igual ao dobro da parcela mensal da semestralidade), ou, fiança solidária (grupos de 3 a 5 participantes, fiadores recíprocos, sem necessidade de comprovação de renda).

Todo processo de inscrição é feito em qualquer época do ano pela internet (consulte  http://sisfiesportal.mec.gov.br/index.html) e o candidato poderá escolher entre os agentes financeiros Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

A taxa de juros do financiamento foi reduzida para 3,4% ao ano, muito inferior à poupança que rende 6,17% ao ano.

O prazo de pagamento aumentou. O estudante pode financiar até 100% da semestralidade durante toda a duração do curso (Fase de utilização). Depois de formado o beneficiário tem um período de 18 meses para começar a amortizar a dívida (Fase de carência). O prazo de amortização pode ser de até 3 vezes a duração da fase de utilização, mais 12 meses.

Durante a fase de utilização e a fase de carência o aluno paga uma trimestralidade, referente a juros, limitada a R$50,00 por trimestre.

Um curso de 4 anos pode ser amortizado em até 13 anos. (4 x 3 + 12 meses).

Considerando que as prestações durante o prazo de amortização são fixas, que a taxa de juros anual de 3,4% está abaixo da meta de inflação do governo que é de 4,5% ao ano, com uma margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e, considerando que a inflação atual está em torno de 5% ao ano. E ainda levando-se em consideração a teoria do capital humano que comprova que a renda melhora na medida que aumentam os anos de estudos, podemos concluir que será muito mais fácil e suave pagar este compromisso quando o beneficiário estiver formado, trabalhando e com uma renda proporcionalmente bem melhor que aquela dos tempos de estudante.

Com o atual prazo, bem mais elástico, as prestações serão diluídas ao longo do tempo, resultando em um valor inferior ao da atual mensalidade.

Fiz uma simulação com data de hoje no portal do FIES, considerando um curso de 4 semestre, semestralidade de R$3.000,00, 18 meses de carência. O resultado foi uma prestação de R$165,93, com vencimento da primeira parcela em 05/01/2014 e da última em 05/12/2020.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Atitudes Positivas para o Trabalho

25 Atitudes Positivas para o Trabalho

Tornar o cotidiano profissional mais leve e prazeroso às vezes só depende de pequenas mudanças no modo de pensar, agir e reagir. Aqui, trabalhadores como você e especialistas em convivência e cooperação ensinam os passos para melhorar as relações, facilitar a comunicação e tornar as atividades gratificantes. São conceitos atuais, mas que também encontram eco nos milenares ensinamentos de sábios chineses e filósofos gregos. Confira os bons conselhos de ontem, hoje e sempre.
Texto: Wilson F. D. Weigl Ilustração: Adriana Cornavaca Wolff
(Revista Bons Fluidos – site: http://www.abril.com.br/revistas/ )

1 Baseie sua liderança em valores éticos
"Os verdadeiros líderes se perguntam sempre qual é seu papel no mundo e se são mobilizados para a verdade, a bondade e a beleza. Eles se preocupam com questões dessa natureza porque sabem que contribuem para a evolução. Caso contrário, não são líderes”. (Jair Moggi e Daniel Burkhard, consultores empresariais, no livro Como Integrar Liderança e Espiritualidade (Negócio Editora/ed. Campus).
2 Abra sua cabeça para as novas idéias
"O único meio de fortalecer o intelecto é não ter uma opinião rígida sobre nada, deixar a mente ser uma estrada aberta a todos os pensamentos”. (John Keats, poeta britânico (1795-1821))
3 Seja organizado e disciplinado
"Quem a cada manhã planeja as atividades do dia e segue esse plano usa um fio que vai guiá-lo através de um labirinto de uma vida bastante atarefada. A organização disciplinada do tempo é como um raio de luz que se projeta em todos os seus compromissos. Mas onde não há um plano, onde a disposição do tempo fica simplesmente entregue ao acaso dos acontecimentos, logo reinará o caos”. (Victor Hugo, escritor francês (1802-1885)
4 Mentalize sempre o melhor
"Sempre que estou envolvido em algum desafio profissional, mentalizo coisas positivas e peço proteção a meus guardiães espirituais. Quando vou ter que enfrentar uma situação de confronto, imagino meu interlocutor calmo e a conversação transcorrendo em clima amigável. Depois, quando alcanço o objetivo, agradeço e acendo uma vela”. (José Luís Baraúna, 39 anos, gerente de vendas, de São Paulo).
5 Equilibre trabalho e vida pessoal
"É um erro contar com o trabalho como única fonte de satisfação. Do mesmo modo que os humanos precisam de uma dieta variada para manter a saúde, também precisamos de atividades variadas que nos dêem a sensação de prazer e a satisfação. Alguns especialistas sugerem que um bom começo é fazer uma lista de coisas que você gosta de fazer, de seus talentos e interesses e até de coisas novas as quais gostaria de experimentar. Pode ser jardinagem, culinária, esporte, aprender uma nova língua ou se dedicar a um trabalho voluntário. Dessa forma, se passarmos por um período de baixa no trabalho, poderemos recorrer à família, aos amigos, aos passatempos e a outros interesses como fonte principal de satisfação. Quando a fase passa, podemos retornar ao trabalho com interesse e entusiasmo renovados”. ("Dalai-lama, no livro A Arte da Felicidade no Trabalho, com Howard C. Cutler (ed. Martins Fontes)
6 Mude sua rotina
"Quando nos sentimos desgastados pelas tarefas rotineiras, é hora de descobrir como incorporar algum tipo de inovação em nosso trabalho. As pesquisas internacionais mostram que hoje consegue se sobressair no ambiente de trabalho não aquele que chega trazendo novidades de fora, mas sim quem se mostra capaz de executar as mesmas funções de modo diferente. Todos os trabalhos incluem algumas atividades maçantes, como acontece com a própria vida. Pesquise, estude, olhe a seu redor e procure novas e mais estimulantes formas de executar suas velhas tarefas”. (Marianita Xavier Crenitte, psicóloga e diretora da Novo Ser Consultores Associados, de São Paulo).
7 Eleja prioridades
"Ao lado da nobre arte de conseguir fazer coisas, existe a nobre arte de deixar as coisas por fazer. A sabedoria da vida consiste em eliminar o que não é essencial". (Lin Yutang, filólogo e escritor chinês (1895-1976)
8 Ouça realmente o que dizem a você
"Podemos até nos considerar bons ouvintes, mas o que fazemos na maior parte das vezes é ouvir seletivamente, fazendo julgamentos sobre o que está sendo dito e pensando em maneiras de terminar a conversa ou direcioná-la de modo mais prazeroso para nós. O ouvir ativo requer um esforço consciente e disciplinado para silenciar toda a conversação interna, enquanto ouvimos outro ser humano. Isso exige sacrifício, uma doação de nós mesmos para de fato entrar no mundo da outra pessoa. O ouvinte ativo tenta ver as coisas como quem fala as vê e sentir as coisas como quem fala as sente". (James C. Hunter, consultor de relações de trabalho americano, no livro O Monge e o Executivo (ed. Sextante)
9 Focalize-se no presente
"Concentre sua energia no momento sem se envolver demais com fatos do passado e expectativas sobre o futuro. Nossa mente funciona como um computador, guarda informações que precisam ser deletadas para a entrada de novos dados. Use todos seus talentos e suas competências para traçar o caminho profissional do jeito que você quer que ele seja". (Francisco Cirilo, consultor empresarial da Dignity Holistic Institute, de Campinas, São Paulo).
10 Seu trabalho é para você mesmo
"Quando temos a ilusão de estar doando nossa energia em proveito do chefe ou do empregador, corremos o risco de encarar as obrigações e responsabilidades como fardos. Mas se reformularmos nosso pensamento e tomarmos consciência de que nosso ofício nos traz remuneração que nos proporciona fazer e comprar o que gostamos , que estamos sempre crescendo e aprendendo algo, descobriremos que somos nós mesmos os destinatários finais de todos nossos esforços". (Beatriz Cardella, psicóloga, de São Paulo)
11 Abra um sorriso e o coração
"Sorria, seja prestativo e bem-humorado. Se conseguimos nos tornar um ouvinte que melhora a auto-estima dos outros, as pessoas vão naturalmente nos procurar e depositarão confiança em nós". (Gerald Michaelson e Steven Michaelson, consultores americanos, no livro Sun Tzu para o Sucesso (ed. Cultrix), adaptação do livro chinês A Arte da Guerra para o mundo dos negócios).
12 Perceba a grandeza de seu ofício
"Anseio por executar uma tarefa grande e nobre, mas é meu dever principal executar tarefas humildes como se fossem grandes e nobres. O mundo é movido não só pelos vigorosos empurrões dos seus heróis, mas também pelo conjunto dos pequenos empurrões de cada trabalhador honesto". (Helen Keller, escritora e ativista americana (1880-1968)
13 Saia da roda da negatividade
"Sempre que estiver sob intensa pressão ou dominado por sentimentos negativos, simplesmente pare. Saia da sala, tome um chá, respire, se possível dê uma caminhada e desvie a mente do foco do problema. Procure quebrar a seqüência do raciocínio pesado, sinta-se juntando forças para mais tarde enfrentar o problema. Às vezes, simplesmente levantar da cadeira e mudar de ares já ajuda a recuperar a leveza e encontrar um novo vigor para tomar decisões". (Mário Enzo, administrador e consultor de empresas,de São Paulo, autor do livro Empreendedor Zen As Chaves da Prosperidade sem Estresse (ed. 21)
14 Pratique a competição saudável
"A competição é salutar quando serve de parâmetro para clarear nossos objetivos e servir de alavanca para o crescimento pessoal. Quando observamos o sucesso de um colega ou uma empresa concorrente, podemos retirar desse exemplo preciosas lições a ser aproveitadas no aperfeiçoamento profissional. Com base nessa análise, podemos descobrir o que falta em nós para alcançar resultados tão positivos". (Marianita Xavier Crenitte, psicóloga e diretora da Novo Ser Consultores Associados, de São Paulo).
15 Saiba delegar
"Ninguém, com certeza, é capaz de assumir a liderança em todos os campos, pois para um homem os deuses concederam as proezas da guerra, a outro, da dança, para outro, a da música e do canto e, em um outro, o todo-poderoso Zeus colocou uma boa cabeça". (Homero, poeta grego que viveu no século 9 a.C. e escreveu a Ilíada)
16 Aceite as mudanças
"Aprendi com o budismo o significado da impermanência, de que tudo no Universo está constantemente se transformando. Tinha dificuldade em aceitar as mudanças, de emprego, de cargo, de colegas e colaboradores que entravam e saíam. No pensamento oriental, entendi que o Universo é sábio ao transformar nossos caminhos. E mesmo se for para algo mais difícil ou complicado, é porque essa experiência nos traz uma lição ou um aprendizado necessários. Nada nem ninguém nos pertence e temos sempre que deixar algo para trás e começar de novo". (Régis Aurélio Castro, 33 anos, representante comercial, de São Paulo)
17 Expresse emoções sinceras
"Compartilhar com os outros nossas opiniões e nossos sentimentos sinceros gera uma relação de proximidade com as pessoas. Assim, criamos um ambiente de intimidade e camaradagem. Conquistamos algo ainda mais importante: fazemos com que os outros se interessem pelo nosso desenvolvimento pessoal". (Gerald Michaelson e Streven Michaelson, consultores americanos, no livro Sun Tzu para o Sucesso (ed. Cultrix), adaptação do livro chinês A Arte da Guerra para o mundo dos negócios)
18 Seja exigente na medida certa
"Não busque todas as qualidades em uma só pessoa". (Confúcio, sábio chinês (551-479 a.C.)
19 Descubra sua vocação e estabeleça sua meta
"Conhecer quais são nossas metas mais íntimas é parte fundamental para se sentir realizado profissionalmente. Sua vocação pode estar bem no fundo de seu coração, como uma vontade, às vezes escondida até de sua parte consciente. É preciso conhecer nosso 'arzoo', palavra indiana que designa o desejo e a vontade do coração. Uma vez que conseguimos definir e estabelecer uma meta arzoo, nos equipamos com uma mola propulsora de motivação constante, de inesgotável força, que dificilmente será abalada". (Mário Enzio, administrador e consultor de empresas, de São Paulo, autor do livro Empreendedor Zen As Chaves da Prosperidade sem Estresse (ed. 21)
20 Coloque-se no lugar dos outros
"Grande Espírito, ajuda-me a jamais julgar o outro até que eu tenha andado em seus mocassins". (Prece dos índios sioux americanos)
21 Compreenda para ser compreendido
"Quando ouvimos mais com a intenção de compreender os outros do que com a de retrucar, começamos a construir a verdadeira comunicação. As oportunidades para falar abertamente e ser mais bem compreendido surgem de modo mais fácil e espontâneo. Procurar compreender exige consideração, procurar ser entendido requer coragem". (Stephen R. Covey, consultor de programas de liderança em mais de 100 empresas da lista das 500 maiores do mundo, em seu livro Princípios Essenciais das Pessoas Altamente Eficazes (ed. Sextante)
22 Não tome os conflitos pelo lado pessoal
"Se você está numa situação em que há colegas hostis ou supervisores ríspidos, adotar uma perspectiva mais ampla pode ajudar: perceber que o comportamento daquela pessoa pode não ter nada a ver com você, que devem existir outros motivos para aquele comportamento e não levar a coisa para o lado pessoal. Na verdade, os acessos de hostilidade talvez tenham mais a ver com problemas bem diferentes, talvez até com problemas em casa. Às vezes, temos a tendência a esquecer essas verdades elementares". (Dalai-lama no livro A Arte da Felicidade no Trabalho, com Howard C. Cutler (ed. Martins Fontes)
23 Adoce as palavras
"Elogio ruidosamente, reprovo suavemente". (Catarina II, imperatriz da Rússia (1729-1796)
24 E, depois do trabalho, relaxe...
"Os arqueiros curvam seus arcos quando querem atirar e os afrouxam quando o alvo é atingido. Se o arco fosse mantido sempre retesado, quebraria e falharia quando o arqueiro precisasse dele. Assim é como os homens. Se constantemente se dedicarem a um trabalho sério e jamais relaxarem um pouco com um passatempo ou um esporte, perdem o bom senso e enlouquecem". (Heródoto, filósofo grego (484-420 a.C.)
25 Faça pausas para reflexão
"Todos os dias, paro alguns minutos e faço uma espécie de meditação, de pausa interior, tentando observar de fora meus pensamentos. Nesse momento, saio do turbilhão mental, o meu próprio e o das outras pessoas e consigo separar o que é realmente importante do que é descartável. Depois disso, as provocações e as picuinhas com colegas, por exemplo, parecem encolher, como se eu estivesse as vendo de longe. E consigo colocar em padrões mais aceitáveis a necessidade de cobrar de mim mesmo e dos outros. Dessa perspectiva, com a mente calma, sinto que sou eu mesma quem dirige meus atos, e não os outros". (Daniella Tavares Amaral, 37 anos, empresária, de São Paulo).

Abraços,

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Cafezinho e o Strees

No cafézinho


Enquanto isto, na sala do cafezinho
A sala do cafezinho de qualquer empresa costuma ser um espaço de desabafos mais do que de convivência.De queixas mais do que de partilha.O vilão: o estresse. Um estresse com várias faces: a do gestor, a do cliente; da implacável meta e seus prazos; do corpo cansado; das poucas horas de sono; da cabeça que roda e outras, muitas outras. Mas o que é estresse afinal? É um conjunto de reações do organismo a qualquer agressão de origem externa ou interna.
Costuma ocorrer quando o organismo é exigido além de suja capacidade normal e afeta o indivíduo, sua família, amigos, seu grupo social e, é claro, o local em que trabalha, sob a forma de estresse organizacional. Estresse é, então, uma designação geral para um conjunto de reações do organismo a qualquer ameaça percebida. Pode ser resultante tanto de agressões físicas, como psíquicas, infecciosas. Seja qual for sua gênese, o Ser a todas percebe como reais. Seus sintomas vão das recorrentes enxaquecas, dores no corpo, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, perda de memória, distúrbios de alimentação até, em casos mais graves, à depressão e sentimento de culpa.
Em pequenas doses, controlado, o estresse é benigno, aliado. Nos torna mais criativos, alertas. Mas quando as atividades diárias deixam de ser agradáveis e a irritabilidade se torna constante devido à incapacidade de eliminar as substâncias químicas lançadas na corrente sanguínea quando do acionamento da bomba ataque /fuga, o estresse se torna inimigo voraz. Para o profissional contemporâneo que interage em várias frentes (a própria instituição, clientes, a comunidade em que vive, colegas de trabalho, e, claro, a família, a questão torna-se a cada dia mais e mais crucial.
Perguntando a amigos que habitam o severo mundo corporativo o que os deixam estressados, recebi as seguintes respostas: pouca oportunidade de convívio com outros profissionais; a indiferença dos gestores; o nível desenfreado de competitividade ; o desinteresse dos colegas de equipe pelo seu próprio processo de crescimento; a falta de idealismo. Claro está que existem outros motivos, mas estes foram os campeões.
Como lidar com esta dor que nos rói nem sempre vagarosamente? Não temos poder sobre o ambiente,mas temos, sempre a possibilidade de escolher como vamos reagir a seus estímulos. O grande João Guimarães Rosa alerta pelo verbo doído de Riobaldo: “Viver é muito perigoso”. Cada vez mais esta afirmação se mostra verdadeira. Viver em época de poucas ou nenhumas certezas, de velocidade estonteante, sem parâmetros, sem mapa, sem guia é, de fato, grande desafio para qualquer vivente. Para aqueles de nós que, além de viver, ainda tem como ofício gerir pessoas, então, a tarefa se torna, muitas vezes, dolorosa. Além disso, quem se deixa permanecer em estado crônico de estresse tem muito chance de apresentar comportamento destrutivo, que leva a um alto custo, não só para si mesmo como indivíduo, como para o ambiente corporativo em que esteja. Este quadro leva inexoravelmente à baixa qualidade de serviço, ao aumento de reclamações, à diminuição do entusiasmo, à monotonia, aos maus resultados. Os efeitos no ambiente da empresa são dramáticos: má reputação; má imagem institucional; troca constante de pessoal, o que é extremamente oneroso.
Quanto ao indivíduo, o estado permanente de estresse, além dos efeitos sobre sua saúde física, pode levar à diminuição da capacidade de tomar decisões com clareza; variações de humor e comportamento instável que afastam as pessoas, o que pode levar ao estabelecimento de um ciclo permanentemente alimentado de destruição da autoconfiança e da capacidade de comunicar-se com o outro.
O estresse pode ser fatal. Entretanto, sob o comando de nossa vontade, podemos tomar atitudes que nos levem a manter o nível de estresse, digamos, administrável. Antes que sua alma se parta por inteiro, experimente:
1- notar seus sinais de alerta e agir a partir deles;
2- falar sobre as situações que sejam estressantes para você. Encare-as de frente. Não faça de conta que não existem;
3- criar o hábito de fazer breves caminhadas. Além dos benefícios físicos, ajuda a buscar suas respostas;
4- estabelecer horários de trabalho e crie espaço e tempo de lazer e de convivência;
5- aprender a delegar tarefas;
6- cultivar um passatempo;
7- evitar estimulantes como açúcar, álcool, nicotina. A longo prazo potencializam o estresse;
8- descobrir pessoas afins e trabalhe e conviva com elas. Elabore projetos comuns;
9- aprender a falar sobre suas emoções e sentimentos;
10- buscar alimentar-se de forma saudável. Alimentos refinados, conservas, aditivos químicos sobrecarregam seu corpo;
11- criar à sua volta um ambiente aprazível; ponha beleza em seu local de trabalho; busque luz e cor;
12- dedicar alguma parte de seu tempo para si mesmo para fazer coisas que lhe tragam prazer;
13- estabelecer objetivos realistas e poupe-se de lutar contra prazos impossíveis;
14- evitar expressar opiniões negativas sobre si mesmo e sobre o outro. Pense e fale de forma positiva ;
15- viver.Não deixe que seus dias passem em branco.
Se “Viver é muito perigoso” é também muito estimulante.É preciso apenas ir além do “rio de corredeiras” que os obstáculos figuram; é preciso reaprender a lidar com as incoerências, a falta de lógica, os paradoxos, a intuição, a ter a consciência que os problemas só são insolúveis na superfície. É preciso reconhecer como Doroty em O Mágico de Oz que não estamos mais no Kansas, no mundo conhecido, confortável. Mas, que se decidirmos, podemos transforma-lo em lugar bom de se viver.

Ana Lúcia de Mattos Santa Isabel

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Crescimento na venda de Planos de Saúde

Crescimento na venda de Planos de Saúde
Oportunidade ou Ameaça para os Prestadores de Serviço?

Sáude será sempre um tema instigante para os estudiosos do assunto e, principalmente, para os Clientes e atores dos sistemas vigentes.
Atualmente em Belo Horizonte, com o aquecimento da economia, temos assistido a inclusão de milhares de cidadãos e seus dependentes no sistema de saúde suplementar. Bom para as operadoras, bom para os prestadores de serviço... até que ponto?
Ultimamente, temos ouvido muito uma palavrainha que virou figurinha carimbada nas declarações de Missão e Visão de inúmeras organizações - Sustentável. Essa, hoje, é uma palavra da moda. Porém, quando vejo esse crescimento vigoroso na venda de planos de saúde gostaria que adotássemos uma outra palavra, fundamental a meu ver, que é Planejamento. Afinal, entendo que o Planejamento é a base para a Sustentabilidade. Digo isso, pois, não raro, tenho visto serviços de Pronto Socorro de Hospitais Acreditados em níveis dois e três, cujo tempo de espera para atendimento tem chegado há 5 horas... Alguém poderia me interpelar e dizer que menos de 30% ou de 40% dos casos atendidos em Pronto Socorro são, de fato urgência/emergência. Concordo, mas não sei se é esse o cerne da questão... Para minimizar o problema, alguns Hospitais têm expandido e melhorado a estrutura física, tecnológica, investido em treinamento, adotado o Protocolo de Manchester, profissionalizado a gestão e outros malabarismos na tentativa de assegurar a melhor assistência possível aos Clientes. De outro lado, vejo algumas operadoras investindo em Hospitais próprios, buscando, por sua vez também, melhorar o atendimento à população assistida. Mas, sei também que muitas operadoras cresceram muito e que a rede de prestadores não acompanhou essa expansão. O resultado, no curto prazo, pode até ser o aumento das receitas, da rentabilidade, do ebtida, da distribuição de sobras ao final do exercício e de outros indicadores de gestão que fazem muito bem aos olhos e aos bolsos dos acionistas, empreendedores, prestadores, cooperados e demais atores desse complexo cenário. Entretanto, fico pensando, enquanto Cliente, como é que os prestadores conseguem ou conseguirão manter os níveis de excelência e de resolutividade atestados pelas certificações dos processos de acreditação diante de tamanha pressão... Deixo essa provocação, pois tenho escutado de vários gestores de serviços de Pronto Socorro que a situação está insustentável e que o índice de insatisfação dos Clientes – pacientes, familiares, médicos e operadoras – vem aumentando diante da demora por um atendimento, pelo resultado de um exame e, sobretudo, para se conseguir um leito para internação. E aí, qual a justificativa a ser usada quando o gestor do setor fizer sua análise mensal de indicadores para apresentação à diretoria do serviço? Qual será a causa raiz a ser apontada por ele? A garantia da Qualidade, através de Programas de Certificação não deveria ser da responsabilidade de todos os atores, considerando que todos estão envolvidos no mesmo negócio e que os Clientes são os mesmos? Assim, porque não Acreditar, também, as Operadoras nos mesmos padrões de exigência preconizados pelos manuais pertinentes? Levando em consideração, obviamente, as peculiaridades dessas empresas.

Marcelo Augusto Nascimento é Administrador Hospitalar, Consultor de Organizações de Saúde, Professor nos cursos de graduação e pós em Administração Hospitalar, com vinte anos de atuação no segmento saúde.

nascimento.an@gmail.com
31 8869-9712

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Calendário Acadêmico 2/2010

Clique em Calendário 2-2010 para abrir

PORTARIA Nº- 229, DE 13 DE JULHO DE 2010

A Presidente, Substituta, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no uso de suas atribuições, tendo em vista a Lei no- 10.861, de 14 de abril de 2004; a Portaria Ministerial no- 2.051, de 9 de julho de 2004, a Portaria Normativa no- 5, de 22 de fevereiro de 2010, em sua atual redação, e considerando as definições estabelecidas pelas Comissões Assessoras de Avaliação do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar e da Formação Geral do Enade, nomeadas pela Portaria Inep no- 176, de 14 de junho de 2010, resolve:

Art. 1º O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem como objetivo geral avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências para a atualização permanente e aos conhecimentos sobre a realidade brasileira, mundial e sobre outras áreas do conhecimento.

Art. 2º A prova do Enade 2010, com duração total de 4 (quatro) horas, terá a avaliação do componente de formação geral comum aos cursos de todas as áreas e um componente específico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar.

Art. 3º No componente de Formação Geral será considerada a formação de um profissional ético, competente e comprometido com a sociedade em que vive. Além do domínio de conhecimentos e
de níveis diversificados de habilidades e competências para perfis profissionais específicos, espera-se que os graduandos das Instituições de Ensino Superior (IES) evidenciem a compreensão de temas que possam transcender ao seu ambiente próprio de formação e sejam importantes para a realidade contemporânea. Essa compreensão vincula-se a perspectivas críticas, integradoras e à construção de sínteses contextualizadas.

§ 1º As questões do componente de Formação Geral versarão sobre alguns dentre os seguintes temas:
I - Ecologia;
II - Biodiversidade;
III - Arte, cultura e filosofia;
IV - Mapas geopolíticos e socioeconômicos;
V - Globalização;
VI - Políticas públicas: educação, habitação, saneamento, saúde, segurança, defesa, desenvolvimento sustentável;
VII - redes sociais e responsabilidade: setor público, privado,
terceiro setor;
VIII - sociodiversidade: multiculturalismo, tolerância, inclusão;
IX - exclusão e minorias;
X - relações de gênero;
XI - vida urbana e rural;
XII - democracia e cidadania;
XIV - violência;
XV - terrorismo;
XVI - avanços tecnológicos;
XVII - inclusão/exclusão digital;
XVIII - relações de trabalho;
XIX - tecnociência;
XX - propriedade intelectual;
XXI - mídias e tratamento da informação.

§ 2º No componente de Formação Geral, serão verificadas as capacidades de:
I - ler e interpretar textos;
II - analisar e criticar informações;
III - extrair conclusões por indução e/ou dedução;
IV - estabelecer relações, comparações e contrastes em diferentes situações;
V - detectar contradições;
VI - fazer escolhas valorativas, avaliando conseqüências;
VII - questionar a realidade;
VIII - argumentar coerentemente.

§ 3º No componente de Formação Geral, os estudantes deverão mostrar competência para:

I - propor ações de intervenção;
II - propor soluções para situações-problema;
III - elaborar perspectivas integradoras;
IV - elaborar sínteses;
V - administrar conflitos.

§ 4º O componente de Formação Geral do Enade 2010 terá 10 (dez) questões, sendo 2 (duas) discursivas e 8 (oito) de múltipla escolha, que abordarão situações-problema, simulações, estudos de caso e interpretação de textos, de imagens, de gráficos e de tabelas.

§ 5º As questões discursivas avaliarão aspectos como clareza, coerência, coesão, estratégias argumentativas, utilização de vocabulário adequado e correção gramatical do texto.

Art. 4º A prova do Enade 2010, no componente específico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar, terá por objetivos:

a) avaliar através de prova escrita se o estudante, após o período cursado, demonstra ter adquirido conhecimentos satisfatórios para o perfil de um Tecnólogo em Gestão Hospitalar;
b) Verificar se o estudante apresenta competências e habilidades nos conhecimentos correlatos a profissão;
c) Iniciar a construção de uma série histórica das avaliações, visando um diagnóstico do ensino de Tecnologia em Gestão Hospitalar, para analisar o processo de ensino-aprendizagem e suas relações com fatores socioeconômicos, ambientais e culturais.
d) Servir de referência para a melhoria do processo de formação profissional do Tecnólogo em Gestão Hospitalar, em consonância com o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia.
Art. 5o A prova do Enade 2010, no componente específico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar tomará como referência o seguinte perfil: profissional tecnicamente capacitado, com conhecimentos cientificamente embasados, visão crítica e humanística, com capacidade empreendedora e administrativa, dinâmico, pró-ativo, ético, estimulado a buscar novos conhecimentos em consonância com o comportamento do mercado de trabalho de gestão
na área de saúde.

Art. 6º A prova do Enade 2010, no componente específico da área de Tecnologia em Gestão Hospitalar, avaliará se o estudante desenvolveu durante sua formação as seguintes competências e habilidades:

a) Planejar, organizar e gerenciar processos de trabalho em saúde, envolvendo a área de gestão de pessoas, materiais, estrutura, equipamentos e recursos financeiros;
b) Organizar e controlar processos de compras e custos, áreas de apoio e logística hospitalar;
c) Acompanhar e supervisionar contratos e convênios;
d) Gerenciar a qualidade e viabilidade dos serviços prestados e de suporte aos setores fins;
e) Conhecer a legislação pertinente ao Sistema de Saúde;
f) Conhecer e implementar Políticas de Saúde;
g) Compreender os processos de humanização e responsabilidade social; Utilizar e avaliar indicadores de desempenho na gestão de organizações de saúde.
Art. 7º A prova do Enade 2010, no componente específico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar tomará como referencial os seguintes conteúdos:
a) Planejamento, organização e gestão de processos: cenários e ambiente de negócios em saúde, mudança organizacional, modelo de gestão de organizações de saúde, indicadores de eficiência, eficácia e efetividade da gestão, gestão de pessoas, de recursos financeiros, físicos e materiais, visão sistêmica em saúde.
b) Organização e controle de processos de compras, custos, áreas de apoio e logística: custos em saúde, orçamento, logística em saúde, controle de estoques, hotelaria hospitalar, serviço de nutrição e dietética, dispensário de medicamentos (farmácia) e noções básicas de contabilidade aplicada á gestão.
c) Supervisão de contratos e convênios: gestão de contratos, compras e desenvolvimento de fornecedores, técnicas de negociação.
d) Gerenciamento da qualidade da prestação de serviços de saúde: ambiente hospitalar, certificações dos serviços de saúde, indicadores de qualidade.
e) Políticas e Legislação pertinente ao Sistema de Saúde: direitos do consumidor, ANVISA, ANS, Lei 8080, Lei 8142, Normas Operacionais Básicas (NOB), Normas Operacionais de Assistência a
Saúde (NOAS), Constituição Federal de 1988, políticas de saúde.
f) Humanização em saúde: princípios da humanização no sistema de saúde, Programa Humaniza SUS, Política Nacional de Humanização.
g) Saúde e Meio Ambiente: Biossegurança, Normas regulamentadoras, noções de epidemiologia.
Art. 8º A prova do Enade 2010 terá, em seu componente específico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar, 30 (trinta) questões, sendo 3 (três) discursivas e 27 (vinte e sete) de múltipla escolha, envolvendo situações-problema e estudos de casos.
Art. 9º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
CLAUDIA MAFFINI GRIBOSKI